Durante a leitura de Life, percebe-se que realmente seria impossível o próprio Keith Richards contar sobre sua vida em menos de 600 páginas.
Da infância na cinzenta Dartford, subúrbio de Londres do Pós-Guerra, a descoberta de Elvis pela única rádio que tocava rock na época, até seu primeiro violão;
Expulso de escolas, o começo da amizade que dura por sua vida toda com Mick Jagger, as histórias com Brian Jones;
Os amores. De Haleema ( seu primeiro amor ), Linda Keith ( quem partiu seu coração ), passando pela groupie - ícone de estilo- junkie Anita Pallenberg, até sua mulher nos dias de hoje Patti Hansen.
Keith não economiza nos detalhes. Tanto das mil e uma histórias das estradas percorridas mundo afora, até sua relação conturbada com Mick.
Os problemas com a polícia eram muitos. Tanto a dos EUA (onde foi proibido de entrar por um certo tempo), quanto com o governo britânico que insistia em prendê-los por motivos sem nexo algum.
No fundo confesso que me identifiquei com muitas partes do livro, principalmente as que Keith descreve suas viagens e suas casas ao redor do mundo. A temporada na França onde os Stones gravaram Exile on Main Street, a casa que comprou nos anos 70 na Jamaica, que tem até hoje, as diversas idas ao Marrocos com Anita, quando a heroína para eles ainda era algo distante...
Com base nos estudos numerológicos, é bem provável que assim como eu, Keith tenha alma 5. Que significa espírito livre, solto, amante de viagens e intensas buscas por experiências.
Que assim seja, Richards prova em Life que apesar da vida hardcore que levou durante muito tempo, sim, ele ainda lembra de tudo!!!
PS: A lenda na qual diz que Keith Richards iria uma vez por ano para a Suíça trocar de sangue é um exagero da mídia. Na verdade, quando ele foi pego de surpresa por paparazzis (sim, essa raça já existia na época), entrando em seu avião rumo a Zurique, ele respondeu com todo seu sarcasmo que iria trocar seu sangue, pois o que tinha em seu corpo já não prestava mais.
Mas a verdade é que, ele fora para a Suíça para se desintoxicar sim, mas da forma mais comum, é claro.
Dica: Para os músicos, vale muito a pena a leitura, pois em todos os capítulos, Keith fala minuciosamente sobre música crua, desde o jazz e o blues, que foram suas primeiras grandes influências, até o significado de muitas músicas do Stones.
Já pra mim que não sei tocar absolutamente nada, ou quase nada, vale pelas histórias, divertidas e pesadas, o que foi na verdade o maior motivo para que eu comprasse o livro.
C. F.
Fotos: Reprodução
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj381bCQ_DPJqwA2JgBMhBHp9ndycRqCU9foMDt-uqZIV9KIbPpLSLJdmx-L7wHCb8haT97X1ZRHeAbVI_Wahe05FwGWuhUVxkb_83bWUXYTrpz7Mu1Il6VUElZflwTX-uYXqN6V0uSFKk/s320/Keith+Richards+book+cover+Life.08-10.jpg)
Capa de Life
Linda Keith, foi quem partiu seu coracão pela primeira vez
Tocando com 64 anos. Congrats Keith!!
Com Patti Hansen
Nenhum comentário:
Postar um comentário