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quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Life: A Vida de Keith Richards


Durante a leitura de Lifepercebe-se que realmente seria impossível o próprio Keith Richards contar sobre sua vida em menos de 600 páginas.

Da infância na cinzenta Dartford, subúrbio de Londres do Pós-Guerra, a descoberta de Elvis pela única rádio que tocava rock na época, até seu primeiro violão;

Expulso de escolas, o começo da amizade que dura por sua vida toda com Mick Jagger, as histórias com Brian Jones;

Os amores. De Haleema ( seu primeiro amor ), Linda Keith ( quem partiu seu coração ), passando pela groupie - ícone de estilo- junkie Anita Pallenberg, até sua mulher nos dias de hoje Patti Hansen.

Keith não economiza nos detalhes. Tanto das mil e uma histórias das estradas percorridas mundo afora, até sua relação conturbada com Mick. 

Os problemas com a polícia eram muitos. Tanto a dos EUA (onde foi proibido de entrar por um certo tempo), quanto com o governo britânico que insistia em prendê-los por motivos sem nexo algum.

No fundo confesso que me identifiquei com muitas partes do livro, principalmente as que Keith descreve suas viagens e suas casas ao redor do mundo. A temporada na França onde os Stones gravaram Exile on Main Streeta casa que comprou nos anos 70 na Jamaica, que tem até hoje, as diversas idas ao Marrocos com Anita, quando a heroína para eles ainda era algo distante...

Com base nos estudos numerológicos, é bem provável que assim como eu, Keith tenha alma 5. Que significa espírito livre, solto, amante de viagens e intensas buscas por experiências.

Que assim seja, Richards prova em Life que apesar da vida hardcore que levou durante muito tempo, sim, ele ainda lembra de tudo!!!

PS: A lenda na qual diz que Keith Richards iria uma vez por ano para a Suíça trocar de sangue é um exagero da mídia. Na verdade, quando ele foi pego de surpresa por paparazzis (sim, essa raça já existia na época), entrando em seu avião rumo a Zurique, ele respondeu com todo seu sarcasmo que iria trocar seu sangue, pois o que tinha em seu corpo já não prestava mais.
Mas a verdade é que, ele fora para a Suíça para se desintoxicar sim, mas da forma mais comum, é claro.

Dica: Para os músicos, vale muito a pena a leitura, pois em todos os capítulos, Keith fala minuciosamente sobre música crua, desde o jazz e o blues, que foram suas primeiras grandes influências, até o significado de muitas músicas do Stones.

Já pra mim que não sei tocar absolutamente nada, ou quase nada, vale pelas histórias, divertidas e pesadas, o que foi na verdade o maior motivo para que eu comprasse o livro.

C. F.

Fotos: Reprodução



Capa de Life


Linda Keith, foi quem partiu seu coracão pela primeira vez

Anita, groupie-ícone de estilo e junkie na época


Tocando com 64 anos. Congrats Keith!!



Com Patti Hansen

A família Richards reunida

Stones na formação original, ainda com Brian

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